VERSÍCULO DO DIA

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (II Timóteo 3:16)

Cruz


"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."
Agostinho de Hipona

sábado, 30 de julho de 2011

FALHAS DO ESPIRITISMO VISTAS POR UM EX-ESPÍRITA


Um grande problema do estudo da comunicação mediúnica é testar a veracidade das mensagens.

Céticos acusam de que são fraudes ou anedotas e os espíritas não consideram necessidades de demonstrações mais criteriosas.

Sugiro um novo enfoque: buscar em outros livros de Kardec e seus continuadores afirmações e previsões inverificáveis na época em que foram escritas e depois se revelaram verdadeiras ou falsas.

Seria uma forma "indireta" de testar as teses de Kardec.

 REENCARNAÇÃO:

Em O Livro do Espíritos (LE), ítem 222, afirma-se que a antigüidade da idéia da reencarnação seria um meio de provar sua veracidade. Isto é um tipo de falácia conhecido como "argumentum ad antiquitatem", i.e., afirmar que algo é verdadeiro só por ser antigo ou "porque sempre foi assim".

Vejamos o que diz Kardec:

1)- “Seja, porém, como for, o que não padece dúvida é que uma idéia não atravessa séculos e séculos, nem consegue impor-se a inteligências de escolas, se não contiver algo de sério. Assim, a ancianidade desta doutrina, em vez de ser uma objeção, seria prova a seu favor.”

Me parece que aqui a palavra “prova” tem um significado mais de “indício”.Independente disso, o que ele quis dizer é que, já que séculos se passaram e ninguém conseguiu provar que a reencarnação é uma mentira, por nenhum meio, isso é um indício de sua autenticidade.

2)- Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), cap IV; aparece a idéia de que Jesus ensinou a reencarnação ao falar com Nicodemus (Jo 3.1-2) a respeito de que era preciso "nascer de novo".

Como para este a noção de reencarnação era estranha, perguntou com sarcasmo como era possível "nascer uma Segunda vez".

O motivo da confusão entre os dois seria, segundo modernos exegetas, o fato de no texto original grego o termo "de novo" ser traduzido por; "anothen", que também pode ter o significado de " do alto".

O segredo é este: Jesus referiu-se a "do alto" e Nicodemus entendeu "de novo.

Não há aqui nenhum pleonasmo inútil. Jesus já nos considerava renascidos; do contrário, diria que nos é necessário ‘nascer de novo’ para vermos o reino de Deus.

3)- No mesmo capítulo há a sugestão de que João Batista era Elias, baseando-se nos versículos de Mt 11.12-15. Tudo bem, se não fosse o fato de Elias nunca ter morrido, mas ascendido aos céus, arrebatado por um redemoinho (2 Rs 2.11). o ministério de João era "no espírito e no poder de Elias" (Lc 1.17).

A narrativa diz que Elias e Eliseu estavam “caminhando e conversando”, quando um “carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho”.

Segundo uma opinião, Eliseu teria visto a separação entre o corpo físico e o perispírito de Elias, justificadas a alusão a “carros de fogo” e “subida ao céu” pela luminosidade espiritual do profeta... Entretanto, julgamos ser pouco razoável atribuir-se a um espírito deprimido e responsável por numerosos crimes (Elias mandou matar vários infiéis) tamanha luminosidade, apesar de sua condição de profeta. [...]”entrou pelo deserto caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, dizendo: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.(1º Reis, XIX,4.)”

4)- A alegação de que ressurreição é a reencarnação entendida pelos judeus do séc. I. Como eles não criam em novo nascimento, acreditavam que no retorno ao mesmo corpo.

Segundo Kardec o certo seria crer em reencarnação, visto ser impossível reagrupar nossos átomos após o corpo se decompor.

Isto é falso, pois Paulo pregou a ressurreição final em um "corpo glorificado", distinto do atual e "se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa fé..." (1 Co 15.12-55).

5)- Em Gênese (Gen), cap XV, 65, Kardec dá a idéia de que Jesus teria dois corpos: o carnal e o fluídico.

O primeiro foi sepultado e o segundo foi o que teria aparecido para os apóstolos. Isto contradiz as palavras do próprio ao afirmar: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, pois um espírito não tem carne e osso, como vedes que eu tenho" (Lc 24.39).
Temos 3 explicações para essa passagem.

1ª-Jesus não disse essa passagem.

Na Bíblia de Jerusalém, de cuja tradução participaram católicos e protestantes, em nota de rodapé a respeito da passagem de Lucas 24,39, lemos:

“Este v. deve ser conservado, apesar de sua omissão por bons documentos”.

Isso significa dizer que apesar de não constar dos documentos originais (bons documentos) esse versículo foi mantido (conservado). Essa é a prova de que Jesus não teria dito isso. Esse versículo foi introduzido posteriormente.

(Colaborou para essa resposta Paulo Neto, colaborador do site www.espirito.org.br)

2ª-Jesus realmente disse essa passagem, mas não disse “espírito”, disse “fantasma”.

Em algumas traduções, ao invés de “espírito”, encontramos “fantasma”, dizendo mais respeito ao fenômeno de vidência, ou seja: Jesus dizia que não era um fantasma, um espírito desmaterializado, e sim que ele estava se apresentando materializado, tanto que pede para que o toquem, mostrando que um fantasma não tem carne nem ossos, e dizendo que era ele mesmo, materializado, para diferenciar da vidência imaterial, como quando ele se apresentou intangível para Maria Madalena.

3ª- Jesus realmente disse essa passagem do jeito como foi escrita.

Vale a explicação anterior. Jesus queria dizer que não era um espírito do jeito que normalmente se imaginava, ou seja, intangível. Daí ele dizer que um espírito (intangível) não tinha carne nem ossos, e que era ele mesmo (tangível). Daí pedir para que o tocassem, para mostrar que estava num estado diferente de quando havia aparecido a Maria Madalena.

(Colaborou para essa resposta e a anterior José Reis Chaves, colaborador do site www.espirito.org.br)

6)-  “O Sol não seria um mundo habitado por seres corporais, mas um local de reunião de Espíritos superiores que, de lá, irradiam seus pensamentos para outros mundos (...) Todos os sóis parecem estar numa posição idêntica" (..)"Considerando do ponto de vista de constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade ".

De fato, o Sol emite uma quantidade gigantesca de cargas elétricas, que viajam no espaço através do chamado vento solar, composto principalmente de prótons, partículas alfa, elétrons e fótons. Neste sentido, pode-se dizer que o Sol seja um foco de eletricidade. Agora, energias sendo irradiadas pelo Sol. Será que a Astrologia tem razão? Por que não foi adiantado que o Sol é na verdade um plasma superaquecido, onde poderosas reações de fusão em seu núcleo lhe dão vida. Tudo bem que isto estava além da ciência da época, mas seria uma revelação poderosa que daria grande crédito.

7)- Em Gen, cap VI, 25 se encontra uma declaração escabrosa sobre a Lua, feitas pelo espírito de Galileu, através da mediunidade de Camille Flamarion

  "As condições em que se efetuou a desagregação da Lua pouco lhe permitiram afastar-se da Terra e a constrangeram a conservar-se perpetuamente suspensa no seu firmamento como uma figura ovóide cujas partes mais pesadas formaram a face inferior voltada para a Terra e cujas partes menos densas lhe constituíram o vértice se com esta palavra se designar a face que, do lado oposta à Terra , se eleva para o céu. É o que faz que esse astro nos apresente sempre a mesma face. Para melhor compreender-se o seu estado geológico, pode ele ser comparado a um globo de cortiça, tendo formada de chumbo a face voltada para a Terra."

"Daí, duas naturezas essencialmente distintas na superfície do mundo lunar: uma, sem qualquer analogia com o nosso, porquanto lhe são desconhecidos os corpos fluídicos e etéreos; a outra, leve, relativamente à Terra pois que todas as substâncias menos densas se encaminharam para esse hemisfério. A primeira, perpetuamente sem águas e sem atmosfera, a não ser, aqui e ali, nos limites desse hemisfério subterrâneo; a outra, rica em fluidos, perpetuamente oposta ao nosso mundo".

As viagens espaciais comprovaram que a face oculta da Lua não se difere em natureza da que fica voltada para nós, sendo igualmente inóspita. A aparente imobilidade da Lua se deve ao fato de sua órbita ser síncrona: rotação em torno do eixo e translação em volta da Terra têm a mesma duração (28 dias).

8)- Do mesmo espírito, no mesmo livro, é a afirmação de que Marte não possui satélites. Em 1877, foram descobertas as duas luas marcianas, menos de uma década após a morte de Kardec.

9)- Em LE, cap III, 55:" São habitados todos os globos que se movem no espaço?" [Resposta dos espíritos]: "Sim..."

"Segundo os espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda baixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos..."

"Muitos espíritos, que na terra animaram personalidades conhecidas, disseram estar reencarnados em Júpiter...". Quando nossas sondas se lançaram ao espaço e chegaram as explorar de perto outros planetas, algumas até pousaram em suas superfícies (p.e Marte e alguns asteróides), constataram ambientes hostis à vida animal. Talvez micróbios possam sobreviver em alguma lua de Júpiter ou de Saturno e no subsolo marciano, mas só. Alguns espíritas tentam sair desse impasse alegam que a vida nos outros orbes do sistema de uma natureza diferente da nossa e invisível para nós. Este pensamento acarreta um problema: tal hipótese não pode ser comprovada ou reprovada, não há como saber se é verdadeira ou não. Para uma doutrina que se diz ter cunho científico, essa postura de contornar os problemas que aparecem os tornando inverificáveis é, no mínimo, equivocada.

Quanto ao fato de espíritas tentarem sair desse impasse alegando que a vida nos outros orbes é invisível, concordo que não é essa a atitude que se deva tomar.Realmente não é uma postura científica, mas lembro que são só alguns, não todos. O que eu quero agora discutir aqui é o que os Espíritos Superiores disseram e a possibilidade de vida em Marte.

10)- A ressurreição de Lázaro (Gen, cap XV, 40) seria apenas uma letargia e o cheiro ruim, uma suposição de sua irmã, afinal já se passavam 4 dias de sua morte.

Certo que certas pessoas que aparentam estar mortas não estão (este pode ter sido o caso da filha de Jairo, Marcos 5.24), mas esta não era a situação de Lázaro pois em Jo 11.11-14 Cristo diz claramente que ele morreu.
Suas palavras: "Lázaro adormeceu, mas vou para que o desperte". Lamentavelmente não foi entendido. Apesar de tudo o que haviam aprendido na longa convivência com o Mestre, e com os segredos do Reino, os discípulos não entenderam. Nem sequer raciocinaram que ninguém dormiria dois dias seguidos sem despertar; nem que, num sono normal, não haveria mister que o Mestre se abalasse da Galiléia à Judéia só para despertá-lo, coisa que qualquer pessoa poderia fazer. Mas os melhores homens têm seus momentos de obnubilação mental: aliquando,bonus dormitat Homerus.
Diante da incompreensão absoluta dos discípulos, o Mestre vê que tinham que ser tratados como profanos. Então fala "abertamente": "Lázaro morreu" (apéthanen, do verbo apotnêskô, derivado de thnêskô, da mesma raiz que thánatos; essa raiz tomou o sentido, em grego, de "morrer", embora o significado original do sânscrito de onde provém, dhvantá, seja "coberto, velado, escuro" - cfr. Émile Boisacq," Dictionnaire Etimologique ele la Langue Grecque", Heidelberg, 1950, págs. 333; e Sir Monier Monier-Williams, "A Sanskrit-English Dictionary", Oxford, 1960, pág 252).

11)- No ítem 48 do mesmo capítulo, a multiplicação dos pães é atribuída ao fascínio "por sua palavra e talvez também pela poderosa ação magnética que ele exercia sobre seu auditório, não sentissem a necessidade material de comer".

Uma leitura acurada de Mt 14.13-21 revela que a fome era física, que " todos comeram e se fartaram" e que foram recolhidos doze cestos cheios de sobras.

12)- No ítem 47, ele não fornece nenhuma explicação plausível para a transformação da água em vinho ocorrida nas bodas de Cansá (Jo 2.1-12).

Jesus "era de uma natureza demais elevada para se deter em efeitos puramente materiais" e que isso "o teria nivelado a um mágico" (duvido que alguém nascido em manjedoura, sendo digno de berço de ouro, teria essa arrogância). Uma saída também tentada foi dizer que não foi um milagre, mas um parábola como tantas outras que Jesus relatou. O problema é que isso se trata de uma narrativa histórica, em que aparecem, além de Jesus, sua mãe e seus discípulos; e é primeira referência a um milagre de Jesus nesse evangelho.

 13)- Poder-se-á conhecer o tempo quue dura a formação dos mundos: da Terra, porexemplo?

“Nada te posso dizer a respeito, porque só o Criador o sabe e bem louco será quem pretenda sabê-lo, ou conhecer que número de séculos dura essa formação.”

Exames radiológicos em rochas estima a idade da Terra em 4,5 bilhões de anos. A teoria do Big Bang estima a idade do universo entre 15 e 20 bilhões. É um traço positivista achar limites da ciência estão dentro da experimentação direta. Comte, o criador desta corrente filosófica,não achava que se pudesse, por exemplo, saber de que são feitas as estrelas. Ainda no século XIX, o estudo do espectro luminoso da luz destas, permitiu saber de que gases elas são feitas. Esta opinião é de Kardec ou do Espírito de Verdade?

14)- RACISMO: Quero deixar claro que nunca conheci nenhum espírita racista e desconheço qualquer atitude preconceituosa dentro de seus centros. Entretanto, esta passagem existe. Talvez por "Obra póstumas" ter menor importância em relação aos outros livros, muita gente desconheça esta opinião de Kardec. Ele foi muito avançado para seu tempo em questões como igualdade de direitos entre os sexos e divórcio. Mesmo assim, aparenta ter defeitos próprios do ambiente em que viveu, dentre eles uma visão eurocêntrica. É mais culpa da época que do homem. O que realmente intriga é como espíritos mais "evoluídos" e mais à frente que ele não o avisaram do erro de considerar os europeus referencial absoluto de beleza e elevação.

15)- Espiritismo, Ciência e Lógica: "Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará" (A Gênese).

O tempo passou. O século XX foi pródigo em destruir paradigmas, a começar pela Física clássica. Da constatação de que ela não explicava satisfatoriamente certos fenômenos surgiram dois novos campos: a Relatividade de Einstein e a menos famosa ao grande público, mas igualmente revolucionária, Mecânica Quântica. Os elétrons, prótons e nêutrons não podem ser imaginados como pequenas coisas independentes do mundo restante. O mundo quântico nada tem haver com essas coisas, que podem ser apalpadas. Apenas permite aos cientistas relacionar diferentes observações dos átomos entre si ou em matérias ainda menores, como procedimento para harmonizar suas observações. O átomo se converteu num simples código para um modelo matemático, não em parte da realidade. A Mecânica Quântica é aceita até hoje devido ao seu pleno êxito, não por ser intuitiva e bela. Muito pelo contrário: os paradoxos que seu sistema geraria no mundo macroscópico desafiam o senso comum e intrigaram até seus criadores. Sua modelagem probabilística acabou com o sonho de ser prever qualquer evento, desde que fossem dadas as condições iniciais. O acaso entrou definitivamente na Ciência, pelo menos no microcosmo. Muita gente não gosta disso. O próprio Einstein não gostava disso exclamou: "Deus não joga dados". Mas parece que Ele joga, sim.

Até a Matemática que se achava acima das crises de paradigmas das demais disciplinas também teve seu choque. Os matemáticos se empenhavam na busca de um conjunto finito de axiomas do qual se pudesse deduzir toda a Matemática. O banho de água fria veio quando o Gödel demonstrou que qualquer sistema lógico é incompleto. Sempre haverá sentenças em que não se poderá decidir se elas são verdadeiras ou falsas e a inclusão de mais axiomas apenas retarda o surgimento dessa questão. Em suma, há verdades que nunca serão atingidas. Longe de ser desesperador isto é bom. É sinal de que a Matemática nunca irá se esgotar. Podemos criar álgebras e geometrias tão malucas quanto queiram nossa imaginação; só uma coisa é exigida: coerência. A Lógica libertou-se totalmente das amarras ao mundo real.

O olhar que as ciência lançam sobre o homem também mudou. Não somos mais o produtos acabado da evolução, não estamos à testa de uma fila indiana das espécies. Somos apenas um ramo de uma árvore ramificada, que é constantemente podada pela tesoura da extinção. Não somos os mais evoluídos; pois evolução não significa progresso, mas adaptação. Uma ervinha é mais auto-suficiente que nós e toda nossa inteligência não é garantia de vida eterna.

As causas primárias e finais voltaram. A busca por uma "teoria final" que unifique em um só campo a Relatividade e a Mecânica Quântica prossegue. Dela se espera poder se descobrir o que levou o Universo a ser do que jeito que é e qual o seu destino.

E o Espiritismo nestas mudanças? O fosso entre as metodologias da “ciência espírita” e as demais “ciências” do mundo material foi progressivamente aumentando:
Ciência
Espiritismo
Comum novas gerações de cientistas refutarem trabalhos anteriores. Aversão à critérios de “autoridade”.
Medo de se distanciar da ortodoxia kardequiana. Culto à autoridade contido no espírito da Verdade ou Kardec. Há exceções, óbvio.
Obras de grandes mestres (Principia Mathematica, Origem das Espécies, etc) ainda lidas como referência, fontes de valor históricos e como uma forma de adentrar no raciocínio do autor. Os estudantes, porém, usam bibliografia recente, expandida e corrigida.
Livros de Kardec ainda utilizados sem alterações, mesmo no que há de errado. Notas de rodapé corrigem alguns erros
A lógica é usada como ferramenta apenas. O raciocínio precisa estar corroborado evidências.
A lógica é utilizada como meio de prova ou refutação de hipóteses, não havendo verificação de se a natureza pensa igual.
O bom senso e a experiência usual nem sempre são seguidos (Relatividade e Mecânica Quântica que o digam. Idem para a “ação à distância” de Newton). Optam-se por soluções pragmáticas, ainda que esdrúxulas.
O senso comum, ao lado da lógica, é superestimado.
Há grande discussão em torno da filosofia da ciência quanto à questão da melhor metodologia para o estabelecimento de novos conhecimentos (refutabilidade, crise de paradigmas, etc).
O conhecimento espírita ainda é majoritariamente indutivo, baseado em moldes científicos do século XIX (positivismo).
Teorias inverificáveis, mas belas, são postas de lado.
Persiste a presença de hipóteses “ad hoc” inverificáveis para sustentar pontos nebulosos da doutrina. (ex: vida “invisível” em outros planetas)
Apropriações entre ramos da ciência (malthusianismo no darwinismo, biologia na sociologia – darwinismo social, eugenia) hoje são vistas com reservas.
Apropriações correntes são feitas sem garantia de que são válidas (ação e reação, noções de mecânica quântica, etc.)
Ciências que não têm acesso direto ao seu objeto de estudo (astronomia, história, etc.) lançam mão da análise indireta dos efeitos que chegam até nós. (espectro de luz, documentos históricos).
Pede um lugar “especial” entre as ciências por não ter acesso direto ao seu objeto de estudo (espíritos).
Orações, Meditação e estados alterados de consciência são passíveis de estudo, mas isto não significa que seja verdade aquilo que seus praticantes dizem.
Verdades podem ser extraídas de “estados alterados de consciência”, vulga mediunidade. Contudo, nenhuma proposta rigorosa para a separação do joio e do trigo foi apresentada.
Não faz afirmações morais. Descobertas podem, inclusive, entrar em choque com a moral vigente.
Produz cartilhas de certo e errado. Eufemismo são usados para se alegar que “não é bem assim...”

 O espiritismo tem uma quantidade maior de pressupostos, o que torna-o mais frágil.

Uma prova da sobrevivência da mente ao fim do corpo apenas prova isto: a vida após a morte; não garante nada a respeito da existência de um deus ou regras de "ação e reação" (karma).

Deuses podem muito bem continuar não existindo ou não dando a mínima para o que fazemos e até serem imperfeitos, que a vida após a morte não seria um contra-senso.

O budismo theravada vive muito bem sem um deus. A reencarnação pode ser um fato como muitos se esmeram em provar, mas ela tem mesmo de ser do jeito que Kardec diz?

Poderia se dar por um processo aleatório, independente de um karma; mais de uma essência (ou alma) poderia se reunir em um mesmo ou uma mesma essência se dividir para corpos distintos, possibilidade também aceita por vertentes budistas; novas almas poderiam ser geradas junto com feto, sem nenhum karma passado.

Deus, reencarnação, espíritos, karma; espíritas acham que estes conceitos forma um bloco monolítico e que a existência de um depende dos outros, o que não é verdade.

Há mais pressuposto que não foram ditos, mas apenas com estes eu pergunto: pode o espiritismo mudar ou até excluir algum deles sem ter que mudar de nome?
Se a resposta for um estrondoso SIM, quem sabe exista ainda um modo de mudar a atitude dos espíritas e dar-lhes mais rigor.
Se a resposta possuir alguma espécie de "se", então estamos diante de um religião ou, com boa vontade, uma filosofia, nunca uma ciência.

O espiritismo possui inspiração racionalista, mas isto não basta para fazer dele um campo de pesquisa.

Epílogo

Vim de meio espírita, achava a teoria bela e lógica.

Conforme fui amadurecendo, constatei que o suntuoso edifício do Kardecismo apresenta, no mínimo, sérias rachaduras.

O que quero é sacudir um pouco os fiéis para que respondam as lacunas.

Se eu ainda acredito em espíritos?

Não. Eles são muito mentirosos.

Vítor Moura (vitormoura@hotmail.com)

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ADORAÇÃO

Bendito seja Deus, Pai do meu Senhor Jesus Cristo. Bendito seja o Espírito Santo, que revela o meu Salvador, e que conduz a Igreja santa e imaculada na terra.

Senhor Deus, quem confia em ti ainda que tropece, não cai; ainda que sofra, suporta; nunca desespera; sempre é consolado nos momentos de aflição e jamais carrega cargas pesadas sozinho.

Tu, Senhor, és como um rio de águas vivas que flui dentro de mim. És fonte inesgotável que mata a minha sede.

Eu Te louvo! Eu Te adoro!

Flui Senhor, dentro de mim, enche-me com teu Espírito. Dá-me um coração submisso, um coração de discípulo. Abate a minha arrogância, meu egoísmo, minha independência!

Faz-me melhor, para Ti, Senhor! Só Tu, Senhor, és digno de louvor e adoração. Tu és majestade santa. Te amo Senhor!

DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ

"Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte."
Apoc. 20:6
Só existem dois reinos: o de Deus e o de Satanás.
A qual dos dois você pertence?
Se vive para si mesmo, não é ao reino de Deus que você pertence.
Se não reconhece o senhorio de Cristo, não há lugar para você no reino de Deus.
Se não é humilde de espírito, não é cidadão do Reino dos Céus.

Só existem dois senhores: Deus e Satanás.
A qual você serve?
Se ama o pecado, não é a Deus que você serve.
Se vive para fazer a sua própria vontade, de Deus você não é súdito.
Se almeja a glória, as riquezas, os louvores deste mundo, você não serve para Deus.

Só existem dois caminhos: um estreito e outro largo.
O caminho estreito é apertado e cheio de espinhos.
Jesus é esse caminho.
Para encontrar esse caminho é necessário renunciar a si mesmo.
Para andar nesse caminho, você deve tomar diariamente uma cruz.
Para permanecer nesse caminho, precisa seguir a Jesus até o fim.
O caminho largo é fácil e espaçoso.
Nele não há espinho, não há cruz, não há renúncia.
Mas, nele também Deus não está.
Por qual caminho você anda?

Só existem duas árvores: a da Vida e a do conhecimento do bem e do mal.
A Árvore da Vida é o próprio Jesus.
É Árvore que produz muito fruto, fruto de justiça e santidade, de paz e amor.
Quem desse fruto se alimenta, vence o pecado, vence o mundo, vence o mal.
Quem desse fruto se alimenta, tem forças para enfrentar as dificuldades do caminho estreito.
Quem desse fruto se alimenta, se sacia de paz, de esperança, da própria vida de Deus.
A árvore do conhecimento produz muito fruto também.
Fruto agradável aos olhos e proveitoso para dar conhecimento.
Quem desse fruto se alimenta sente-se apto a viver longe de Deus...
Sente-se forte, capaz para viver para si mesmo...
Essa árvore produz alguns frutos parecidos com os da árvore da vida, que podem até confundir.
Mas, ao serem digeridos, não produzem a vida de Cristo.
Podem até produzir muita atividade, muita obra, bondade, muita religiosidade.
Mas, a vida de Jesus, só Jesus, que é a Árvore da Vida, pode produzir.
No final das contas, é a procedência do fruto que faz a diferença.
Não há árvore má que produza bons frutos.
Só Jesus pode produzir a Sua vida em nós.
De qual árvore você se alimenta?

Dois reinos, dois senhores, dois caminhos, duas árvores...
Não há meio-termo, não há outras opções.
Ninguém pode ser neutro, não se posicionar, não se decidir.
Não nascemos no Reino de Deus, não nascemos com a capacidade de servi-lo.
Ninguém nos colocará no caminho estreito, nem andará a nossa jornada, ou tomará cruz que é só nossa.
Não desejamos naturalmente o fruto da Árvore da Vida.
A árvore do conhecimento sempre produz frutos mais tentadores.
Todos necessitamos tomar a decisão:
Sair do reino das trevas e vir para o Reino da Luz,
Renunciar a própria vontade e render-se a vontade de Deus...
Dar meia-volta no caminho largo e espaçoso e passar ao caminho estreito,
Rejeitar os frutos da árvore do conhecimento, desejar a vida de Jesus.
Ninguém está dispensado dessa decisão.
Não é um assunto para religiosos ou ultrapassados.
É um assunto para todos. Na verdade, o maior e mais importante assunto.
Deve ocupar a primazia na nossa lista de prioridades.
Nada é mais importante.

POR QUE?

Porque também só existem duas ETERNIDADES: Céu ou Inferno.
A vida aqui é passageira ... enganosa ...
Mas depois é para sempre, eterno, imutável.
Onde passaremos a eternidade depende de qual reino fazemos parte,
a qual senhor servimos, em qual caminho andamos, de qual árvore nos alimentamos HOJE.

ONDE VOCÊ PASSARÁ A ETERNIDADE?

DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ?

O CÉU É PARA AQUELES QUE TÊM INTIMIDADE COM DEUS.

O INFERNO É PARA AQUELES VIVERAM PARA SI MESMOS.

A BIBLIA SAGRADA


A Bíblia foi escrita, originalmente, em hebraico, aramaico e grego, depois traduzida para o latim. Até o ano de 1499, havia apenas 35 traduções da Bíblia Sagrada, em virtude da proibição da Igreja Católica de que se fizessem traduções para outras línguas. Em 1799 surgiram mais 59; em 1899 mais 446.

Atualmente, segundo palestra proferido por Bill Mitchell, em Osasco, São Paulo, em 8 de junho de 2006, ela está traduzida para 2.403 línguas, que representam 95% da população mundial. (Bill Mitchell é consultor de tradução da Área das Américas das Sociedades Bíblicas Unidas, e doutor em Teologia). Inicialmente a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos.

A divisão em capítulos foi feita no ano de 1250 pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras. A divisão em versículos foi feita em duas partes. O Antigo Testamento em 1445, pelo rabi Nathan; o Novo Testamento em 1551 por Robert Stevens, um impressor de Paris. A primeira Bíblia a ser publicada inteiramente dividida em capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, em 1560.

A Bíblia é composta de duas grandes seções, conhecida como Antigo e Novo Testamento, totalizando 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento e foi escrita num período de aproximadamente 1.500 anos, por mais de 40 autores, das mais variadas profissões e atividades, que viveram e escreveram em países, regiões e continentes afastados uns dos outros, em períodos e condições diversas, mas seus escritos formam uma harmonia inigualável.

O Novo Testamento foi traduzido para a língua portuguesa em 1676, pelo missionário evangélico João Ferreira de Almeida, que começou a traduzir o Antigo Testamento, mas não concluiu, por ter falecido em 6 de agosto de 1691. Quem concluiu a tradução do Antigo Testamento foi o pastor Jacobus op den Akker, começando em 1748 e terminando em 1753, quando foi impressa a primeira Bíblia completa em português, em dois volumes.

A Bíblia completa e mais os apócrifos, foram traduzidos para a língua portuguesa pelo padre Antonio Pereira de Figueiredo, que começou a tarefa em 1725 e terminou em 1790.

A Bíblia católica completa, em português, somente foi publicada em 1819. No Brasil, publicou-se em 1847, em São Luiz do Maranhão, o Novo Testamento, traduzido pelo frei Joaquim de nossa Senhora de Nazaré.

Em 1879, a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral do Rio de Janeiro publicou a primeira edição brasileira do Novo Testamento de Almeida, versão revista por José Manoel Garcia, lente do Colégio D.Pedro II, e pelos pastores M.P.B. de Carvalhosa e Alexandre Blackford. A primeira Tradução Brasileira da Bíblia completa, foi publicada em 1917.

A Bíblia Católica brasileira, foi editada em 1932, pelo padre Matos Soares.

Judeus, Cristãos e Católicos usam Bíblias diferentes. A Bíblia Judaica – conhecida por Tanak, sigla que vem das iniciais da divisão (Torah “Lei”, Neviím “Os profetas” e Ketuvim “Os escritos” - é composta apenas do Antigo Testamento; a Bíblia Protestante é composta do Antigo Testamento (o mesmo dos judeus) e do Novo Testamento; a Bíblia Católica é composta do Antigo Testamento, mais o acréscimo de 7 livros apócrifos, que não foram aceitos pelos primeiros cristãos e designados como “não canônicos”, “contestados”, “livros que não podem ser lidos na Igreja” e que são: Sabedoria, Eclesiástico, I e II Macabeus, Tobias, Judite e Baruque; e o Novo Testamento.

A Bíblia é um livro singular. Não há nenhum que se compare a ela. É um livro de respostas. Nela se encontra a manifestação do Eterno Deus, fazendo-se conhecer pessoalmente, firmando pactos e alianças, usando a linguagem humana para trazer a verdade imutável.

Os céticos afirmam que os livros da Bíblia Sagrada não são confiáveis, porque foram escritos por pessoas religiosas, baseadas em suas crenças. Entretanto, há muitas provas que garantem a confiabilidade da Bíblia, a sua autoridade como Palavra de Deus inspirada, e a perfeição dos registros dos eventos históricos que retrata, incluindo aí a vida terrena de Jesus Cristo.

O que torna a Bíblia diferente dos livros sagrados de outras religiões, é que é a única a fazer profecias com milhares de anos de antecedência, e todas elas se cumpriram; o que garante que as profecias que ainda não aconteceram, vão acontecer.

O tempo e a história comprovaram as palavras escritas pelos profetas, como a queda de nações, a destruição do Templo e a diáspora judaica. Anunciou com 4 mil anos de antecedência que os judeus voltariam a viver na “terra prometida” depois que fossem dispersos pelo mundo e hoje o Estado de Israel existe e sobrevive em meio a povos hostis.

A Bíblia nos conduz ao mundo metafísico (que está além de nossos sentidos), onde a mente humana, sozinha, não tem capacidade de penetrar. Nos traz informações privilegiadas sobre Deus e seu relacionamento com o mundo e principalmente de seu plano e propósito para a salvação.

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