Fui microempresária durante 32 anos na linha de cosméticos. Lamento não ter conhecido o Malacheia naquele tempo, pois, se eu tivesse anexado essa fórmula milagrosa (que ele criou) à lista dos meus produtos de beleza, certamente teria ficado milionária. Mas, como nunca aprendi a enganar as pessoas, continuei pobre, até o dia de hoje... Embora rica na paz de consciência.
Tudo que os líderes sectários e os da prosperidade pregam e têm feito é um tipo de lavagem cerebral em suas vítimas. Como diz Charles Swindoll, em seu artigo “Day by Day” (que acabei de traduzir):
“A tática de dobrar a mente transforma o ser humano em um fantoche, em um escravo sem dignidade pessoal, sem o privilégio de pensar, de fazer perguntas e sem o prazer de servir aos outros, voluntariamente, sob o controle e autoridade de Jesus Cristo.
Vocês devem estar lembrados da estória de um jovem chamado Christopher Edward, o qual se tornou um joguete sem esperança nas mãos de um dos primeiros grupos da Nova Era, que apareceu nos anos 1970. Ed foi tão cativado por este insidioso movimento que precisou ser raptado pela própria família, antes que já não lhe restasse esperança de restabelecimento. Este jovem de pensamento absolutamente claro, graduado em Yale, tornou-se virtualmente uma pasta nas mãos dos “Moonies”, na Califórnia do Norte.
Sem que ele percebesse o que estava acontecendo, o sistema sectário fez nele uma lavagem cerebral. Mesmo depois que seu pai e um grupo de profissionais treinados o libertaram das garras de ferro daquela seita, ele ainda precisou de um ano para recuperar o equilíbrio mental.
A lealdade cega não é serviço!
Acreditem que eu não apenas me oponho fortemente à tática de “dobrar a mente”, conforme é empregada pelos líderes sectários, como vejo perigo em outros ministérios que buscam obter vantagens das pessoas - ministérios que jamais iríamos imaginar que fossem seitas.
Qualquer ministério que exige lealdade cega e inquestionável obediência é suspeito. Saibam que nem todos os gurus estão nas religiões orientais. A verdade é que alguns ministérios de discipulado chegam a esse ponto. Não estou me referindo a todos os programas de discipulado.
Minha preocupação maior é com o abuso de poder, da super-enfatização da lealdade a um líder humano, de uma intensa e insalubre prestação de contas, que usam a intimidação, o medo e a culpa, a fim de promoverem o autoritarismo. As pessoas fracas e humildes podem se tornar uma presa fácil dos paranóicos autonomeados messias, sem resultado algum no crescimento espiritual, mas na exploração e perda da dignidade humana.
As pessoas da platéia e os pastores devem se acautelar contra os líderes super-heróis, que exibem abundância de carisma. Devemos ficar de olho nesses super-astros altamente dotados, gabaritados, vencedores e populares, os quais focalizam as atenções sobre eles mesmos ou sobre a sua organização. Em vez disso, o verdadeiro líder deve, mais conscientemente, dirigir a adoração das pessoas à Cabeça do Corpo - Jesus Cristo.
O Salvador é o Senhor. Ele não divide o Seu permanente lugar de autoridade [e glória] com pessoa alguma, pois: “Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência...
A quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo” (Colossenses 1:17,18, 28).”
Fonte:Mary Schultze, 10/09/2011 - www.maryschultze.com
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